segunda-feira, 18 de abril de 2011

Instituto do Câncer de SP apresenta ultrassom capaz de destruir tumores

Pulsos de ondas sonoras queimam o tecido doente.
Instituto vai pesquisar aplicação da técnica em tumores malignos em ossos.

Pois é... O que parecia ser impossível já foi parcialmente realizado. O fato aconteceu no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), no dia 14/04/2011, onde foi inaugurado um serviço de ultrassom -  ondas sonoras de alta frequência que o ouvido humano é incapaz de escutar - para destruir células cancerígenas, sem a necessidade de cirurgia e anestesia. O novo equipamento estará disponível à população pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

Apesar do efeito do ultrassom em tumores já ser conhecido, o novo equipamento consegue focar até mil feixes em um único ponto - com a ajuda de um aparelho de ressonância magnética. Com o calor, as células cancerígenas são queimadas, sem que o aumento de temperatura afete os tecidos saudáveis vizinhos.

 Único na América Latina, o aparelho é de tecnologia israelense e custou R$ 1,5 milhão. Segundo Marcos Roberto de Menezes, diretor do setor de diagnóstico por imagem do Icesp, seis mulheres já foram atendidas com sucesso para casos de miomas - tumores benignos, de tecido muscular e fibroso, conhecidos por afetar o útero.

 

Aparelho de ultrassom de alta frequência (em azul), ligado a uma esteira para receber pacientes durante ressonâncias magnéticas (Foto: Mário Barra / G1)
O Icesp já solicitou protocolos de pesquisa para testar a eficiência da técnica em metástases - câncer que se espalharam pelo corpo - ósseas.
"Essa tecnologia ainda é experimental, não só no Brasil, como em outros centros do mundo", afirma Marcos. "No caso das metástases, a aplicação seria um paliativo, mais indicada para reduzir as dores causadas pelo tumor e aumentar a qualidade de vida do paciente."

Como funciona
O tratamento, no entanto, não serve para qualquer paciente. Um estudo anterior precisa ser feito para saber quem pode passar pelo ultrassom.
"Dois fatores que são levados em conta na escolha das pacientes são o local do tumores e o tamanho deles", explica o médico do Icesp.
A técnica dispensa o uso de anestésicos. "As pacientes ficam conscientes durante toda a operação, recebem apenas sedativos", explica Marcos. Segundo o médico, o procedimento não causa dor intensa. "As pacientes costumam reclamar de dores parecidas com cólicas menstruais, mas isso somente durante o exame."
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Entao, um sonho distante para muitos está se tornando cada vez mais real. E o melhor, isso também significa mais créditos para o Brasil em termos de tecnologia e medicina, já que isso é um verdadeiro avanço para a mesma. 

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